Morante sofre uma chifrada em Roquetas de Mar

Morante lutava naturalmente contra o primeiro touro da tarde, um Jandilla manso, mais concentrado nas tábuas do que na muleta do sevilhano, quando o animal o agarrou pelo casaco durante o passe de peito. Ele teve dificuldade em repetir o touro, que era curto e foi para o gênio de La Puebla. Ficou preso no chifre por vários segundos e caiu de bruços no pescoço.
No entanto, levantou-se imediatamente e agarrou a muleta para voltar ao rosto do animal, acalmando Juan Ortega e Borja Jiménez, que imediatamente se adiantaram. Com a habilidade que o caracteriza nessas situações, inventou uma faena, extraindo passes naturais extraordinários de um touro que nada tinha a oferecer. É uma pena que seu péssimo uso da espada tenha reduzido a louvável atuação a uma ovação.
Morante tinha acabado de realizar uma performance extraordinária ontem em Nazaré (Portugal), onde publicou um "No hay billete" (sem bilhetes) e apresentou-se a um nível imbatível, como se pode ver nos vídeos e fotos virais que circularam nas redes sociais desde a noite passada. Um toureiro nato parece estar em câmara lenta...
Esta temporada para José Antonio foi absolutamente histórica, não apenas por sua estreia em Madri e Pamplona, mas também por seu compromisso com o festival de tarde em tarde, com obras-primas como uma faena de rabo em Salamanca, que ele mesmo considera uma das suas melhores — e isso já diz muito — ou a incomparável Feria de Abril. Embora tenha tido outros contratempos, como o de Móstoles, há um mês, que o fez perder alguns compromissos.
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