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Mary Grueso, poetisa afro-colombiana, ingressa na Academia Colombiana de Línguas como membro correspondente.

Mary Grueso, poetisa afro-colombiana, ingressa na Academia Colombiana de Línguas como membro correspondente.
Nesta segunda-feira, 7 de junho, a Academia Colombiana de Línguas formalizará a admissão da poetisa afro-colombiana Mary Grueso como membro correspondente.
Cristina Maya, secretária-geral da Academia, explicou a este jornal que a cerimônia acontecerá às 11h.
"Há uma cerimônia porque é a entrega do diploma, a entrega do escudo e há uma taça de vinho", explicou Maya.
A notícia da entrada de Mary Grueso como membro correspondente foi conhecida em dezembro do ano passado, quando também se soube que Bárbara Muelas, professora de Misak e responsável pela tradução de seções da Constituição de 1991 para o idioma Namtrik, faria parte da Academia.

Foto de Barbara Muelas : Dejusticia

Maya, aliás, explicou a este jornal que Muelas já ingressou formalmente na academia.
Um marco
Pela primeira vez na história da Academia Colombiana de Línguas — fundada em 1871 — uma mulher de ascendência africana e outra de origem indígena foram nomeadas como novas membras correspondentes da instituição.

Sede da Academia Colombiana de Línguas Foto: Felipe Restrepo Acosta / Wikipedia Commons

Grueso, nascido em Guapi (Cauca) há 77 anos, é poeta, formado pela Universidade de Quindío e especialista em Ensino de Literatura. É autora dos livros "La Muñeca Negra", "La Cucarachita Mandinga" e "El Gran Susto de Petronila", entre outros.
Bárbara Muelas é uma professora misak encarregada de traduzir trechos da Constituição Colombiana de 1991 para a língua namtrik. Ela nasceu em Silvia (Cauca) em 1945 e é irmã do ex-constituinte indígena Lorenzo Muelas. Ela é formada em Educação Primária e possui mestrado em Linguística e Espanhol. Ela também é responsável por preservar sua língua, escrevendo e lendo livros didáticos para crianças na reserva Guambia, em sua cidade natal.
Também foram nomeados como membros correspondentes Carmiña Navia (Cali, 76), ganhadora do Prêmio Casa de las Américas 2004; Cecilia Caicedo Jurado (Pasto), romancista e crítica literária; María Clara Ospina (Bogotá, 75), poetisa, romancista, jornalista, diplomata e colunista do Miami Herald, entre outros; María Alejandra Jaramillo (Bogotá, 53), escritora, professora e crítica cultural colombiana; e Ángela Camargo Uribe, professora da Universidade Pedagógica Nacional, com Doutorado Interinstitucional em Educação.
O que é um membro correspondente?
Um membro correspondente da Academia Colombiana de Línguas é uma pessoa reconhecida por suas contribuições significativas à língua e à literatura espanholas. Podem ser escritores, linguistas, acadêmicos ou outras figuras proeminentes no campo da língua espanhola.
"Os membros correspondentes não têm direito a voto, mas devem trabalhar para a academia e submeter publicações. Após um determinado período e com base no seu desempenho, podem ser nomeados membros plenos, que já têm direito a voto e fazem parte da Real Academia Espanhola", explica Maya.
Há também a categoria de membros honorários, que são escritores de grande experiência e reconhecimento.
Esta instituição, a mais antiga do gênero na América Latina, foi fundada em 1871 por linguistas e escritores, entre eles Rufino José Cuervo (pai da filologia hispano-americana) e Miguel Antonio Caro, também fundadores do Instituto Caro y Cuervo.
Outros membros incluem escritores como Juan Gabriel Vásquez, Juan Esteban Constaín, Pedro Alejo Gómez, Guiomar Cuesta, Daniel Samper Pizano e Pablo Montoya, e as falecidas Dora Castellanos e Maruja Vieira.
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