Ao acusar Obama de traição, Trump parece mais desequilibrado do que nunca

Segurem a linha, Central. Temos Breaking Crazy direto da Casa Branca.

Na semana passada, a Diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard (bufo, chiado, ghack!), entregou um "relatório" detalhando a enorme conspiração liderada por Barack Obama para minar o primeiro mandato do presidente por meio do que Gabbard imagina serem as evidências. Seu relatório se baseia em alegações de que a Rússia invadiu a infraestrutura eleitoral, uma acusação que ninguém jamais fez. (As evidências convincentes detalham como os russos conduziram uma sofisticada operação de inteligência para influenciar as eleições de 2016.) Gabbard está lançando acusações de "traição" e "sedição", e o presidente, desesperado para tirar seu envolvimento com Jeffrey Epstein do topo do ciclo de notícias, juntou-se a ele em uma harmonia insana. Ele animou uma entrevista coletiva no Salão Oval com suas últimas "ideias". Da CNN:

Bem, pelo que li, e li praticamente o que você leu, seria o Presidente Obama. Ele começou. E Biden estava lá com eles, e [o então diretor do FBI, James] Comey estava lá, e [o então diretor de Inteligência Nacional, James] Clapper. O grupo inteiro estava lá — [o então diretor da CIA, John] Brennan. Estavam todos lá, em uma sala. Bem aqui, esta era a sala.

Este [ o Salão Oval] está muito mais bonito do que era naquela época, mas tudo bem. Tenho belas fotos. Elas saíram dos cofres. Ficaram lá por 100 anos. Isto é muito mais bonito. Temos a Declaração de Independência agora nesta sala, que não estava aqui. Acho que as pessoas não se sentiram muito bem em colocá-la aqui, mas eu me sinto. Mas sabe de uma coisa? Se você olhar para isso — aqueles papéis, eles estão frios como pedra, e era o Presidente Obama. Não havia muita gente por todo lado — eram eles também —, mas o líder da gangue era o Presidente Obama, Barack Hussein Obama. Você já ouviu falar dele?

A objetividade jornalística nos obriga a apontar que o presidente encharcou o Oval com tantas filigranas de ouro que ele parece uma suíte em um bordel de Reno. E, além disso, as oscilações entre a redecoração cafona e a suposta traição de Barack Obama são evidências de um pensamento profundamente disperso.

E, tirando o fato de ele ser protegido pela imprensa a vida toda, é isso que eles... olha, ele é culpado. Não é uma pergunta. Sabe, eu gosto de dizer: "Vamos dar um tempo. Está aí. Ele é culpado." Eles... isso foi traição, essa foi toda palavra que você possa imaginar.

Consigo pensar em muitas palavras. "Loucura" é uma. "Besteira" é outra.

Tentaram roubar a eleição. Tentaram ofuscar a eleição. Fizeram coisas que ninguém jamais imaginou, mesmo em outros países. Vocês já viram alguns países bem difíceis. Este homem [Marcos] já viu alguns países bem difíceis, mas vocês nunca viram nada parecido. E nós temos todos os documentos. E pelo que eu... a Tulsi me disse, ela tem milhares de documentos adicionais chegando.

Então, o presidente Obama, o conceito era dele, a ideia dele, mas ele também a herdou da corrupta Hillary Clinton, corrupta como uma nota de 3 dólares. Hillary Clinton e seu grupo, os democratas, gastaram 12 milhões de dólares com Christopher Steele para escrever um relatório que era totalmente falso. Levaram dois anos para descobrir isso, mas descobriram que era um relatório totalmente falso, inventado, ficção. E eles usaram isso — agora, a única coisa que não conseguiram fazer foi... e provavelmente a única coisa que respeito na imprensa em anos é que a imprensa se recusou a escrevê-lo antes da eleição, recusou-se a publicá-lo. O relatório Steele foi um desastre, tudo mentira, tudo invenção, tudo admitido — uma fraude admitida. Ela pagou 12 milhões de dólares, e os democratas, por esse relatório a um sujeito esperto chamado Christopher Steele. Ele escreveu um relatório falso, e eles queriam publicá-lo antes da eleição.

Bem, já chega disso. Eu alertaria a todos que se consolam com o fato de que o cérebro do presidente é feito de tapioca que tudo isso vai passar. O Departamento de Justiça, sob a tutela da Procuradora-Geral Pam Bondi, está falando sério sobre levar essa porcaria de esterco a um grande júri. O ex-presidente Obama levou a situação a sério o suficiente para descer do topo da montanha e misturar tudo, ainda que com seu jeito tipicamente frio e discursivo, e (infelizmente) por meio de um porta-voz . Da NBC News:

“Por respeito à presidência, nosso gabinete normalmente não dignifica o absurdo e a desinformação constantes que fluem desta Casa Branca com uma resposta”, disse o porta-voz de Obama, Patrick Rodenbush. “Mas essas alegações são ultrajantes o suficiente para merecer uma. Essas alegações bizarras são ridículas e uma tentativa fraca de distração... Nada no documento divulgado na semana passada enfraquece a conclusão amplamente aceita de que a Rússia trabalhou para influenciar a eleição presidencial de 2016, mas não manipulou com sucesso nenhuma votação. Essas conclusões foram confirmadas em um relatório de 2020 do Comitê bipartidário de Inteligência do Senado, liderado pelo então presidente Marco Rubio.”

Às vezes, a soberba simplesmente se transforma em arrogância. Você pode estar acima de tudo e ainda assim acabar no esgoto.