Um bairro inteiro relata que foi fraudado porque lhe venderam terras públicas em Junín.

Cerca de trinta famílias compraram terras no distrito de Mundo Nuevo e descobriram que elas pertenciam ao estado. Sete casas já foram construídas.
Trinta famílias que compraram terrenos em um loteamento privado localizado em Mundo Nuevo, Junín , não conseguem determinar seus direitos sobre a terra, pois ela pertence ao Estado. Dezenove famílias já entraram com ações criminais contra o autor da venda.
“Todas as famílias que já se mudaram para cá estão conectadas ao mesmo medidor porque se recusam a instalar medidores individuais porque este terreno é do Estado ”, disse Viviana, uma das vizinhas afetadas e denunciantes, que afirma que as 7 famílias que já vivem lá estão desesperadas pela situação, pois não têm eletricidade regular nem serviços municipais, já que para o município esses 30 lotes são na verdade um só e são terrenos fiscais.
Segundo relatos, a venda dos lotes começou online em 2019. O ofertante é um morador local que mora ao lado deste "loteamento" e afirma ter direito ao terreno.
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Viviana e sua família se estabeleceram em uma casa pré-moldada em 2022, tentando evitar custos de aluguel e poder investir em seu próprio espaço, mas já desconfiando que o processo de escritura daqueles lotes seria difícil, apesar das garantias do vendedor de que eles só precisariam ter paciência, que esse momento chegaria mais cedo ou mais tarde.
O confronto entre famílias e vendedores ficou mais acalorado quando todos se reuniram na Prefeitura de Junín.
Lá, a situação ficou clara, mas cada vez mais longe de ser resolvida, pois a municipalidade confirmou que essas terras pertencem ao governo e que a situação deve ser resolvida pela justiça, já que a municipalidade não tem autoridade sobre as terras, nem capacidade de mediação entre as partes, muito menos autoridade para decidir o que deve ser feito.
"Nós que já moramos aqui estamos à deriva, em uma situação desesperadora", disse Viviana, que também acrescentou que "a maioria de nós já fez uma queixa-crime sobre a situação, mas há outras famílias que dizem que precisam continuar esperando".
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