Operação de imigração dá errado e trabalhador rural morre na Califórnia

A família do trabalhador lançou uma página na plataforma de arrecadação de fundos GoFundMe para apoiar seus entes queridos no México. No sábado, a página publicou uma atualização para anunciar que o trabalhador, Jaime Alanis, havia "falecido".
Durante a operação policial no Condado de Ventura, a pouco mais de uma hora de carro de Los Angeles, o homem foi perseguido por agentes de imigração, disse a família. "Meu tio Jaime Alanis era apenas um fazendeiro inocente e trabalhador", escreveu um membro da família na página de arrecadação de fundos. "Ele foi perseguido por agentes de imigração e nos disseram que ele caiu de uma altura de 9 metros", disse ele, descrevendo seus ferimentos como "catastróficos".
A versão das autoridades em questãoO trabalhador "nunca foi detido" pela polícia, garantiu Tricia McLaughlin, porta-voz do Departamento de Segurança Interna. "Embora não estivesse sendo perseguido pela polícia, este homem subiu no telhado de uma estufa e caiu 9 metros", acrescentou, especificando que a polícia "imediatamente chamou uma ambulância".
De acordo com o departamento, 200 migrantes sem documentos foram presos durante operações nas cidades de Carpinteria e Camarillo na quinta-feira, e 10 crianças foram resgatadas "de potencial exploração, trabalho forçado e tráfico de pessoas".
A Glass House Brands, empresa dona das fazendas, disse em um comunicado que "nunca violou intencionalmente as práticas de contratação aplicáveis e não emprega menores".
O departamento disse que mais de 500 "manifestantes" tentaram interromper a operação e que quatro cidadãos americanos são acusados de agredir ou resistir aos policiais.
Imagens da mídia local mostraram agentes de imigração mascarados e com equipamento antimotim dispersando dezenas de manifestantes com gás lacrimogêneo, e alguns manifestantes atirando projéteis em carros de polícia.
Na sexta-feira à noite, Donald Trump, em sua plataforma Truth Social, ordenou que qualquer agente federal "que esteja sendo apedrejado, espancado ou agredido de alguma outra forma, pare seu carro e prenda esses VAGABUNDOS, usando todos os meios necessários para isso".
No local, Aaron Fuentes, supervisor que trabalha na Glass House há dois anos, disse ter visto dezenas de vans da imigração chegarem na quinta-feira. "Eles identificavam as pessoas para verificar se tinham documentos ou não e, em seguida, as colocavam uma a uma nas vans", explicou. "Não vi a operação inteira, mas houve violência e maus-tratos."
SudOuest