Em Washington, Donald Trump ataca a cultura para promover sua visão da América

Na manhã de quarta-feira, 13 de agosto, soldados da Guarda Nacional patrulham as margens do National Mall, em Washington, D.C. , onde estão localizadas as principais instituições políticas dos Estados Unidos, um sinal da tomada de Donald Trump sobre a força policial da capital. Mas, a algumas centenas de metros de distância, outra tomada está ocorrendo, menos espetacular, mas igualmente importante: a da narrativa histórica americana, por meio da tomada das duas principais instituições culturais da cidade, o Smithsonian Institution e o Kennedy Center.
"Há alguns meses, assumi a presidência do Kennedy Center e revertemos completamente a situação, encerramos a programação política 'woke' e estamos restabelecendo [esta instituição] como um local privilegiado para as artes cênicas", proclamou Donald Trump na quarta-feira, durante uma cerimônia no saguão do estabelecimento, destinada a revelar os nomes dos vencedores do "Kennedy Center Honors", prestigioso prêmio para artistas nos Estados Unidos. A lista traz sua marca, com a presença, em particular, do ator e diretor Sylvester Stallone, um de seus amigos próximos.
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Le Monde