Da Ucrânia a Gisèle Pelicot: no Festival de Avignon, o teatro dialoga com a realidade

"Rádio ao Vivo", de Aurélie Charon. Testemunhas de diversas zonas de conflito ao redor do mundo falam. MATTHIEU CAMILLE COLIN / FESTIVAL DE AVIGNON
Para ir mais longe
Neste verão, em Avignon, apresentaremos Ibsen e Claudel, Jean Giono e Ésquilo. Os diretores apresentarão seus próprios textos, de Tiago Rodrigues a Jeanne Candel, passando por Samuel Achache. Mas também, mais do que nunca, abraçaremos a realidade. A apreenderemos, a amassaremos, a transcenderemos para criar um poderoso material teatral. Para mostrar o mundo como ele é (mal), da Europa ao Oriente Médio, vários artistas convidados reuniram, colecionaram e registraram um vasto material documental infinitamente rico. Agora, ele se tornou teatro. E no claustro de Carmes, na FabricA e, em particular, no Théâtre Benoît-XII, as cenas ecoarão e espelharão o tumulto dos tempos.
Tiago Rodrigues, diretor do festival , ele próprio o criador de "Dans la mesure de l'impossible", um espetáculo dedicado a trabalhadores humanitários há alguns anos, observa : "Há uma sede real entre muitos artistas de dialogar concretamente com a realidade e de construir uma ponte muito direta com o público. É uma forma de dizer que habitamos o mesmo mundo e respiramos o mesmo ar, ao mesmo tempo. É possível...
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