A dançarina colombiana-francesa brilha no programa de treinamento da Escola de Dança da Ópera de Paris.

Aos 17 anos, a bailarina colombiana-francesa Susanna Emanuelle Fuquene Legendre foi aceita há algumas semanas no programa de treinamento de verão de nível profissional avançado da Escola Nacional de Dança da Ópera de Paris . Essa conquista estabelece um precedente para a dança no país e representa uma oportunidade significativa de treinamento em uma das instituições mais prestigiadas do balé clássico.

Susanna Emanuelle Fuquene Legendre nasceu em 27 de maio. Foto: Cortesia.
Fuquene, nascida em 27 de maio de 2008, está atualmente em seu último ano de formação pré-profissional em balé na Universidade Unicab. Aos 8 anos, iniciou sua formação no Atelier DancEstudio em La Calera. Durante seu processo de aprendizagem, participou de cursos internacionais intensivos na França, Chile e Estados Unidos, o que lhe permitiu aprimorar sua técnica e experiência de palco.
Entre seus estudos mais notáveis estão sua passagem pelo Centre du Marais (2019), o Joffrey Ballet de Chicago (2022), So Dança In Motion, Ballet On, Latinoamérica Baila, a Escola Municipal de Santiago do Chile e suas participações anteriores na Ópera de Paris, nos níveis avançado (2025) e superior (2024).
O EL TIEMPO conversou com a dançarina colombiana-francesa sobre sua experiência na dança e seu processo de aprendizagem.

Entre seus estudos mais notáveis está sua passagem pelo Centre du Marais (2019). Foto: Cortesia.
A dança, para mim, sempre foi uma paixão, um caminho lindo desde o início. Minha verdadeira inspiração foi minha mãe, dançarina, professora, coreógrafa e diretora da nossa escola, o Atelier DancEstudio. Ela me treinou desde muito jovem, pois percebeu em mim uma paixão pela dança. Comecei a dançar por diversão quando tinha 2 ou 3 anos e, aos 7 ou 8 anos, percebi que essa era a minha paixão. Desde então, levei a dança mais a sério e me tornei mais disciplinada. Treino de segunda a sábado, com muito rigor e perseverança, e a cada dia me esforço para me aprimorar e alcançar meus objetivos como dançarina.
Como sua família apoiou você? Para ser sincera, o apoio da minha família veio principalmente da minha mãe. Como mencionei antes, é ela quem me incentiva a melhorar e avançar continuamente nesta disciplina da dança. Ela sabe o comprometimento diário que é necessário, então me apoia, me dá conselhos e me corrige de acordo para que eu possa progredir a cada dia.
Você foi recentemente aceita no programa de treinamento de verão da Escola Nacional de Dança da Ópera de Paris. Como se preparou para isso? Fui aceito no workshop intensivo de verão da Ópera Nacional de Paris, no nível profissional avançado. Este workshop, que acontecerá de 30 de junho a 12 de julho, visa aperfeiçoar os passos aprendidos na dança. É uma forma de complementar os conhecimentos adquiridos.
Participar deste workshop foi o resultado de muitos anos de trabalho. É preciso ser persistente e melhorar sempre. O treinamento que recebo na nossa escola, onde minha mãe nos ensina com uma técnica 100% francesa, também foi fundamental. Esse treinamento me deu a base para acessar esses tipos de workshops. Minha preparação veio, acima de tudo, da perseverança, da disciplina e da consciência de que preciso melhorar a cada dia.

Fuquene já participou da Ópera de Paris, nos níveis avançado (2025) e avançado (2024). Foto: Cortesia.
Estive na França e no Chile; este ano estive no Chile e, no ano passado, estive na Ópera de Paris para o workshop de verão. Um dos workshops que mais me marcou foi o do Joffrey Ballet de Chicago, que frequentei em Medellín em 2022. Lá, professores convidados vieram dos Estados Unidos para ministrar o workshop. Também, é claro, o workshop de verão na Ópera Nacional de Paris, onde pude aprender diretamente com renomados professores franceses, incluindo estrelas do balé como Mademoiselle Élisabeth Platel, uma figura internacional muito importante. Este ano, no Chile, também tive aulas com bailarinos da Ópera Nacional de Paris, graças a um convênio com a Escola Municipal de Santiago. Também frequentei o Centre de Danse du Marais em 2019. Mas as experiências que mais me marcaram profissionalmente foram as da França e do Chile.
Quem te inspira na música e na dança? Muitos artistas me inspiram, tanto na música quanto na dança. Em termos de música, encontro compositores clássicos e barrocos como Jean-Baptiste Lully, que foi o compositor oficial do Rei Luís XIV (criador do balé clássico). Acho suas composições belas e impactantes. Também me inspiro em Chopin, Claude Debussy, Jean-Sébastien Bach, entre outros. Adoro ouvi-los, e eles me inspiram muito a dançar.
Quanto à dança, adoro principalmente bailarinos franceses. A primeira que me inspirou foi minha mãe, mas depois descobri muitas outras, como Sylvie Guillem, Marie-Agnès Gillot, Aurélie Dupont, todas da Ópera Nacional de Paris, e, claro, Élisabeth Platel. Vê-las dançar me inspira muito. São artistas que me permitem sonhar alto como pessoa e como bailarina em formação.

Algumas de suas inspirações são Sylvie Guillem, Isabelle Chervaux, Maria Gilot e Aurélie Dupont. Foto: Cortesia.
Como mulher colombiana-francesa, a melhor maneira de representar o país é dando o meu melhor e sempre mencionando de onde venho.
O que significa para você ser aceito neste nível do workshop avançado deste programa? O que isso implica é continuar superando desafios. Estou no nível profissional avançado, ou seja, o último nível deste workshop de verão, então enfrentarei grandes exigências. Meu compromisso é me aprimorar constantemente, como já faço nas minhas aulas.
Qual é a coisa mais difícil de aprender no mundo da dança? A parte mais difícil é aprender a lidar com as frustrações diante das expectativas que temos como dançarinos. Apesar disso, você sempre precisa dar o seu melhor, progredir e melhorar constantemente, não em comparação com os outros, mas consigo mesmo.
O que você espera do futuro? Para onde você gostaria de ir? O workshop de verão na Escola Nacional de Ópera de Paris é uma ótima oportunidade para progredir como bailarino. Meus objetivos futuros são me tornar bailarino profissional e, posteriormente, me desenvolver como bailarino profissional na França.
ANGIE RODRÍGUEZ - EDITORIAL LIFE TODAY - @ANGS0614
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