Morre Paul Di'Anno, antigo vocalista do Iron Maiden

O primeiro vocalista glorioso do Iron Maiden , Paul Di'Anno , morreu aos 66 anos, segundo a gravadora Conquest Music. "Em nome de sua família, a Conquest Music lamenta confirmar a morte de Paul Andrews, conhecido profissionalmente como Paul Di'Anno. Paul faleceu em sua casa em Salisbury aos 66 anos." O artista tinha um show agendado em Bilbao para março de 2025.

Nascido em Chingford, no leste de Londres, em 17 de maio de 1958, Paul alcançou a fama como vocalista da banda inglesa de heavy metal entre 1978 e 1981, substituindo o vocalista inicial Dennis Wilcock, que não gravou nada com o grupo (que por sua vez substituiu Paul Mario Day, o fundador). Ele cantou no álbum de estreia, "Iron Maiden", e também no segundo, "Killers", mas após o sucesso internacional de ambos os álbuns, e em parte devido à sua juventude (era o mais jovem do grupo), acabou sendo arrastado para baixo pelo vício em álcool e outras drogas, e foi expulso do grupo.

Após deixar o Iron Maiden, Di'Anno fundou a banda Lonewolf, que devido a problemas legais com o nome acabou se chamando Di'Anno, com quem lançou apenas um álbum autointitulado em 1984. Um ano depois, juntou-se a músicos proeminentes da NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal), como Pete Willis (Def Leppard), Janick Gers e Clive Burr (Iron Maiden) para formar um supergrupo chamado 'Gogmagog', que lançou apenas um EP de três faixas. Em 1986, formou um novo projeto, Paul Di'Anno's Battlezone, com o qual lançou os álbuns 'Fighting Back' (1986), 'Children of Madness' (1987) e 'Feel My Pain' (1998). Durante esse período, também tentou a sorte com o nome Killers, lançando o LP 'Murder One' em 1992.

Foi em 1997 que ele ressuscitou o nome Di'Anno para sua banda, retornando ao estúdio para gravar "The World's First Iron Man", seguido por "As Hard As Iron", "The Masters" e "Nomad". Durante esse período, ele também gravou com Dennis Stratton, The Almighty Inbredz, Praying Mantis e Architects of Chaoz.

Há menos de dois meses, Di'Anno, que se apresentou em uma cadeira de rodas devido a sérios problemas de saúde durante a maior parte da última década, falou sobre o progresso de seu tratamento após passar por uma grande cirurgia no joelho na Croácia, onde se reuniu com seu substituto do Iron Maiden, Bruce Dickinson , logo após o procedimento. "Saí da clínica em que estava porque estava indo para Zagreb naquela noite para fazer uma sessão de autógrafos e subir no palco para cantar três músicas com uma banda cover do Maiden. O que eu não sabia era que Bruce também estava tocando", contou o vocalista recentemente. "Cheguei lá e ele estava no palco. Toda a banda dele desceu para dizer olá, e então ele veio, apertamos as mãos, nos abraçamos e conversamos um pouco, o que é privado, obviamente. Mas sim, está tudo bem. A imprensa disse algumas coisas ruins sobre nós - que não gostamos um do outro, etc. - mas esse não é o caso. Ele é um ótimo cantor, cara, absolutamente brilhante."

“Desde que deixou o Iron Maiden, Paul Di'Anno teve uma longa e movimentada carreira musical com as bandas Battlezone e Killers, além de inúmeros lançamentos solo e participações especiais”, conclui o comunicado de sua gravadora. “Apesar de ter sido atormentado por sérios problemas de saúde nos últimos anos, que o limitaram a se apresentar em uma cadeira de rodas, Paul continuou a entreter seus fãs ao redor do mundo, acumulando mais de 100 shows desde 2023. Seu primeiro álbum retrospectivo de carreira, The Book of the Beast, foi lançado em setembro de 2024 e apresentou destaques de suas gravações desde que deixou o Iron Maiden. Nós, da Conquest Music, temos orgulho de ter Paul Di'Anno se juntando à nossa família de artistas e pedimos à sua legião de fãs que levantem uma taça em sua memória.”

Seu lançamento mais recente foi em setembro passado, quando ele lançou uma nova versão do clássico do Iron Maiden, "Wrathchild", gravada com o vocalista ZP Theart (Dragonforce, Skid Row), o baterista Russell Gilbrook (Uriah Heep) e o guitarrista Cliff Evans (Tank). A história de Paul será em breve registrada em um documentário de Wes Orshoski, diretor de "Lemmy: 49% Motherfucker, 51% Son of a Bitch", a ser lançado pela Cleopatra Records no final de 2024.